domingo, 26 de julho de 2015

Caixa para TKMEM-128

Confesso que uma das maiores dificuldades minhas na eletrônica são os detalhes mecânicos das montagens. Mesmo assim, consegui achar a caixa ideal para acondicionar a TKMEM-128.


Pela foto acima, pode-se ver que o aspecto estético ficou excelente. Segue foto da visão traseira da interface.


A caixa em questão é PB-085/3 da Patola, à venda em algumas lojas virtuais de componentes eletrônicos.


A caixa é fechada por encaixe de travas. Possui um par de abas para fixar a caixa em algum lugar que, em sendo desnecessárias, podem ser facilmente removidas.


Na parte interna há duas torres para parafusar placa de circuito impresso que, nesta montagem, não foram usadas.


Abri fendas nas duas faces da caixa, a maior com tamanho justo para passar o conector edge que é ligado no TK90X e a menor para o conector pass-through, onde se pode ligar um outro periférico. Uma das coisas mais difíceis para mim foi fazer as medidas certas para a furação, pois os cantos das caixas são arredondadas. Tomei como base a caixa da Multiface 1 do Victor Trucco.

Precisei ter paciência para operar a micro-retífica na hora de fazer os recorte e, no caso da fenda maior, precisei fazer ajustes com um estilete. Minhas habilidades para estas operações são medíocres, mas deu para o gasto. Quando se corta plásticos, a rotação da micro-retífica deve ser ajustada no menor valor possível em que haja torque suficiente (abaixo do qual o disco pára). Velocidade excessiva gera calor e, se fundir o plástico, o disco de corte ficará preso e não mais girará. Deve-se evitar ainda insistir cortar sempre no mesmo ponto por causa do calor, deve-se dar leves toques com disco na superfície do plástico, em posições diversificadas.

Na foto acima há as abas que foram removidas e descartadas. Com um estilete, removi as rebarbas para melhorar a estética. A TKMEM-128 também dá o ar da graça na foto.


Acima, a visão interna da caixa após corte. Uma das torres para parafuso foi desgastada pela micro-retífica, durante abertura da fenda. Em seguida, colei com cianoacrilato (supercola ou cola instantânea) pedaços de EVA no fundo e nas laterais da caixa. Na foto, percebe-se furos dos pinos de circuitos integrado, após pressionar a placa da TKMEM sobre a superfície.


Coloquei mais dois pedaços de EVA ao lado da placa principal e empurrei, até encaixar o conector edge no fundo.


As lâminas de EVA laterais não conseguiriam manter a placa no lugar. Então eu pretendia colocar uma espuma ou isopor para pressionar a placa ao EVA do fundo da caixa. Porém fui fechar a caixa para experimentar como ficava o conjunto e encontrei certa dificuldade. Pressionando com firmeza, finalmente as duas partes se encaixaram. Não foi uma ideia boa, pois agora não consigo abrir a caixa e tenho medo de danificá-la. Tentei forçar um dos encaixes com chave de fenda mas, ao ouvir um ruído forte, acabei desistindo.

Embora a montagem não tenha ficado sólida como pretendia, ficou estável quando encaixado no TK95. No fim, vou deixar do jeito que está, afinal a interface está elétrica e mecanicamente bem protegida.


Eu tenho mais uma caixa dessa ainda, quem sabe faça uma montagem melhor com uma outra TKMEM-128.

Atualização: Danjovic sugeriu o seguinte esquema para segurar a placa. Esta abordagem certamente é bem mais confiável do que o meu procedimento.


Melhor ainda, ele forneceu código para Eagle que gera uma placa para este projeto ou outro que use a PB-085/3 (acessível aqui). Agradeço o Danjovic pela mais que bem vinda contribuição.

2 comentários:

  1. Excelente dica. Nas férias vou aproveitar para montar a minha. Faz muito tempo que está na fila, desde o primeiro lote.

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  2. Flávio, 1 pergunta: a interface Beta na penúltima foto, onde conseguiu? É que a montagem dela me parece familiar, acho que foi uma das que eu montei mais recentemente...

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